Opinião
Nos dias de hoje, o médico de família assume cada vez mais o papel de médico do utente no seu todo, na sua já clássica abordagem holística e biopsicossocial, mas cada vez mais como o eterno "multipolisubespecialista" do doente, que o acompanhará em todas as maleitas e enfermidades ao longo da sua vida, precisando para tal a cada dia de aumentar o seu conhecimento sobre cada vez mais áreas da Medicina e trazer para a sua esfera de atuação, domínio e responsabilidade cada vez mais entidades clínicas.

Muito se tem procurado fazer, em Portugal como no mundo, para aliviar o peso (até literalmente…) da pandemia que a obesidade constitui. No que respeita à grande obesidade, à obesidade mórbida, isto é, àquela que só por si é uma doença e que provoca ou agrava outras, o seu único tratamento eficaz continua a ser o cirúrgico – a cirurgia bariátrica ou da obesidade.

A obesidade é resultado da interação de várias causas, sendo os principais fatores alimentares diversos, a baixa ctividade física e o stress, estando por isso relacionada e dependente de estilos de vida menos saudáveis.

A relação da hiperglicemia crónica com o desenvolvimento de complicações micro e macrovasculares e na neuropatia diabéticas foi claramente estabelecido por diversos estudos de epidemiológicos.
De uma forma geral, a doença cardiometabólica engloba toda uma série de condições relacionadas com a adulteração dos estilos de vida, abarcando a síndrome metabólica (SM), a tolerância diminuída à glicose oral e a diabetes tipo 2 (DMT2).

A monitorização contínua da glicose (MCG) subcutânea fornece informação inalcançável pela pesquisa intermitente da glicemia capilar, incluindo visualização instantânea do nível e da taxa de variação da glicose intersticial, alarmes para hipo e hiperglicemia, cobertura de 24 horas durante os 7 dias da semana e capacidade para caracterizar a variabilidade glicémica.

O incidentaloma hipofisário é definido como uma lesão hipofisária previamente não suspeitada e detetada em estudo imagiológico requisitado por outro motivo que não sintomatologia ou doença hipofisária.
Segundo o Relatório Anual do Observatório Nacional da Diabetes estima-se que, em 2015, a prevalência da diabetes na população portuguesa com idades compreendidas entre os 20 e os 79 anos foi de 13,3%, ou seja, mais de 1 milhão de portugueses tem esta doença.
O interesse científico e assistencial à volta da diabetes começou, bem cedo, no nosso País, com a criação da Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP), em 1926, pelo Doutor Ernesto Roma. Em 1949 foi criada a Sociedade Portuguesa de Endocrinologia (SPE) no intuito de melhor se estudar a especialidade de Endocrinologia que já iniciara a sua individualização da Medicina Interna. Posteriormente, a nível da Ordem dos Médicos, surge a especialidade de Endocrinologia-Nutrição, nome que ainda hoje conserva. A diabetes passou, naturalmente, a ser considerada no âmbito desta especialidade.